Sob a Luz da Lua: Um Amor Ardente

A noite no Rio de Janeiro estava quente, o ar carregado com o perfume das flores tropicais e o cheiro salgado da brisa do mar. A lua cheia lançava um brilho prateado sobre a praia, iluminando as ondas suaves que beijavam a areia. A cidade atrás deles vibrava com energia, mas ali, naquele trecho isolado da Praia de Ipanema, o tempo parecia ter parado.

Luiza caminhava pela margem, a água fresca tocando seus pés descalços, enquanto seus pensamentos estavam presos em Rafael—o homem que fazia seu coração disparar e sua pele arder de desejo. Ele era diferente de qualquer outro. Sua presença era intoxicante, seu toque, eletrizante. Ela sabia que ele chegaria em breve; podia sentir no fundo do estômago aquela tensão familiar que sempre surgia antes de o ver.

E, como se fosse invocado pelo próprio desejo dela, Luiza sentiu sua presença antes mesmo de vê-lo. Uma aproximação lenta e confiante por trás dela. A voz rouca e grave, que sempre fazia suas pernas fraquejarem, sussurrou contra a noite.

— Você sempre caminha sozinha à noite, Luiza? —

Ela se virou devagar, encontrando seu olhar. Aqueles olhos escuros continham uma promessa, um desafio, uma fome que lhe causou arrepios. Rafael estava diante dela, seu tronco definido parcialmente exposto sob a camisa de linho desabotoada. A brisa do oceano bagunçava seus cáchinhos escuros, deixando-o ainda mais irresistível sob a luz da lua.

Luiza sentiu a respiração falhar enquanto ele se aproximava. Seus dedos roçaram o braço dela, desenhando padrões invisíveis sobre sua pele, incendiando cada ponto que tocavam.

— E se eu estivesse esperando por alguém? — ela provocou, sua voz baixa e carregada de desejo.

Rafael sorriu de lado, os dedos deslizando para a cintura dela, puxando-a de leve para mais perto. Seus corpos estavam quase se tocando agora, o calor entre eles inegável.

— Espero que seja por mim — ele sussurrou, os lábios a poucos centímetros dos dela.

E antes que ela pudesse responder, ele reivindicou sua boca em um beijo ardente.

O momento em que seus lábios se encontraram, Luiza sentiu-se derreter contra ele. Seu beijo era lento no início, provocante, fazendo-a ansiar por mais. Mas então, a intensidade aumentou—sua língua explorando a dela, suas mãos segurando firme em seus quadris. Um gemido suave escapou dos lábios dela, perdido entre os beijos febris.

As mãos dele percorreram suas curvas, puxando-a contra si, deixando-a sentir cada centímetro de sua vontade. Os dedos dela encontraram o caminho até o peito dele, unhas roçando contra os músculos firmes antes de envolver os braços ao redor de seu pescoço, colando-se ainda mais a ele.

— Você tem gosto de mar — ele murmurou contra os lábios dela, antes de traçar um caminho de beijos molhados pelo pescoço dela.

Luiza inclinou a cabeça para trás, entregando-se, seu corpo tremendo sob o toque dele. Ele a ergueu sem esforço, suas pernas se enrolando ao redor da cintura dele enquanto caminhavam para um cantinho escondido entre as palmeiras, onde apenas o som das ondas e suas respirações pesadas preenchiam o ar.

Ele a deitou suavemente sobre a areia macia, seu corpo pairando sobre o dela, seus olhos devorando-a.

— Me diga para parar se isso for demais — ele sussurrou, sua respiração quente contra a pele dela.

Os lábios de Luiza se curvaram em um sorriso travesso. Ela alcançou os cabelos dele, puxando-o para mais um beijo desesperado e faminto.

— Não pare, Rafael. Eu quero você. Sempre quis. —

Foi tudo o que ele precisou. Seus lábios desceram, suas mãos exploraram, seus corpos se encaixaram em um ritmo tão antigo quanto as ondas do mar. O tempo deixou de existir enquanto se perdiam um no outro, a paixão queimando mais quente do que a noite tropical.

Horas depois, enquanto estavam enlaçados, seus corpos brilhando com suor e satisfação, Luiza traçava círculos preguiçosos no peito de Rafael. Ele a segurava contra si, os dedos brincando com uma mecha de seu cabelo, a expressão enigmática.

— O que você está pensando? — ela perguntou suavemente.

Ele olhou para baixo, roçando um beijo contra a testa dela.

— Em você. Sempre você. —

Ela sorriu, aninhando-se mais perto dele. A noite ainda os abraçava, e por enquanto, nada mais importava.